quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Uma visão de fora.

Certa noite eu resolvi voar, mas voar tão alto, onde meus pensamentos se deliciavam de prazeres, onde meus pensamentos não mais pensavam e sim agiam. Eu voei para perto dos meus sonhos. Depois de já cansada de tanta euforia eu sentei. Era um lugar todo azul com nuvens brancas, pássaros cantarolavam ao meu redor e as nuvens brancas andavam por trás de mim, o sol brilhava, meio que escondido, mas eu podia notar sua presença. No fundo um arco Iris, exibido as cores mais lindas que possa imaginar, as cores que desejasse ver. Deixando o lugar com um tom suave, ainda mais exuberante.
Andei um pouco mais e encontrei um lugar perfeito, no alto de uma montanha, uma casa e do lado de fora dela um belo jardim e uma escada. Subi a escada e fui parar no telhado daquela pequena casinha no paraíso. De lá eu podia ver todos aqui em baixo, eu enxergava o mundo todo e nele eu via pessoas, crianças, animais, rios e mares. Eu via um mundo, que daqui de baixo eu não podia ver, pois só conseguia olhar para dentro de minha casa, e algo mais que me interessasse.
De lá de cima eu vi um circo, e por de baixo da lona, por trás do palco eu vi um homem sentado e chorando. Depois surgiu uma garota para acalmá-lo e foi quando ele ergueu a cabeça que eu pude ver quem era o sujeito amargurado. Este era o palhaço, o maior e mais animado espetáculo do circo.
Então eles também choram? Então aquele que proporciona risos e fantasias a todos também tem problemas e dificuldade? Ele também sofre? E eu, que pensei que fosse a única.
Mais tarde, distante dali, eu vi uma bela mulher. Mãe de cinco filhos, viúva e doente. Ela era uma mulher batalhadora, que apesar de todas as dificuldades não deixava passar despercebido um motivo para sorrir, pelo contrario, nas coisas mais difíceis ela procurava fundo e encontrava algo que a deixasse mais alegre.
De lá de cima vi tantas coisa, pude conhecer a vida de tanta gente, pude ver crianças abandonadas, sozinhas, porém felizes e pude ver também crianças que tinham tudo, tudo o que queriam, mas eram crianças amargas que haviam de aprender muito ainda com a vida.
Vi pessoas como eu, como você, vi mundos perfeitos e imperfeitos. Quando deixei de olhar apenas para mim mesmo eu pude ver uma nação, um estado, um pais, um universo.
Eu pude ver que nem tudo que aparenta ser é, e tudo pode ser se quiser.
Aprendi que todos os caminhos são possíveis resta a você escolher a melhor forma de trilhá-los.
Foi então que eu acordei, com a voz de minha mãe me chamando para o café.

Alana B.
22 de julho de 2010

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